terça-feira, 30 de novembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA CARRET DA SAÚDE

Desde o início do Projeto da Carreta da Saúde em 2007, projeto MORHAN/FEBRAFARMA/NOVARTIS para tratamento e diagnóstico da hanseníase inicialmente nos estados do Pará, Tocantins, Maranhão e Piauí, agora ampliado para os estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba, é sem dúvida um ganho para o movimento que pode apresentar seu nome e seu trabalho nos vários municípios percorridos, dando maior visibilidade, credibilidade e, principalmente reconhecimento por parte dos gestores, trabalhadores, usuários e população/sociedade.

Sem dúvida, essa ação nos remete à várias avaliações e reflexões sobre como estamos atuando, possibilitando-nos corrigir nossas falhas, mas também aponta o quão frágil são/estão alguns dos programas de hanseníase em alguns estados e municípios. Sem dúvida houve muitos avanços no processo de eliminação e controle da hanseníase nos Estados e no país. No entanto, percebemos o quanto ainda temos que avançar e conquistar. Muitas vezes, a partir da estrutura física inadequada, profissionais com pouca qualificação e/ou insegurança no diagnóstico, poucas campanhas educativas e, em algumas situações, falta de compromisso. A carreta da saúde detecta também essas fragilidades, mas tem servido de atualização in loco dos profissionais. A partir daí, os municípios se organizam melhor e a prova disso é que estes conseguem ter uma ação de continuidade no acompanhamento dos casos diagnosticados. Outro ponto positivo tem sido o envolvimento de outros atores, instituições, movimentos sociais, ONGs e órgãos públicos como a educação e a cultura, sem falar na divulgação que tem sido o ponto crucial para o sucesso e abrangência do projeto.

Tudo isso nos remete a pensar a importância do movimento social nas políticas públicas de saúde, cobrando, propondo, acompanhando e muitos vezes realizando ações que fogem ao seu papel do controle social.


Lucimar Batista
Coordeanadora da Carreta da Saúde no Piauí
Voluntária do MORHAN-PI

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Carreta Viaja pelo Piauí alertando sobre a Hanseníase

Um projeto chamado de"Carreta da Saúde" percorreu 24 municípios do Piauí durante seis meses alertando sobre os riscos da hanseníase. Tendo como base literalmente uma carreta, o veículo era usado para fazer palestras sobre o tema e realizar atendimento médico a um grande número de pessoas. Na tarde de ontem, no auditório da Escola Fazendária do Estado, um grupo de pessoas envolvidas com o projeto avaliou os resultados desta ação.

“Extremamente positivo o resultado. A meta principal não era interferir diretamente nos trabalhos desenvolvidos nestes municípios, e sim ajudar a alertar para esse grave problema, não só a comunidade, mas também aos próprios profissionais de saúde, para estaremos atentos aos detalhes”, lembrou a coordenadora estadual do Morhan (Movimento de Reintegração de Pessoas com Hanseníase) e do Carreta da Saúde no Piauí, Lucimar Batista.

Dos municípios visitados, Teresina foi onde se registrou um maior número de casos. Das 824 pessoas atendidas, 59 apresentaram a doença. Em segundo lugar está São João do Piauí, com 37 casos registrados entre 377 pessoas que receberam atendimento. Em terceiro vem União, com 14casos entre as 161 atendidas. “Vale ressaltar que após a passagem da Carreta o número de casos em São João do Piauí subiu para 60. Existe o lado negativo pelo elevado número de casos da doença, mas também é muito positivo por que mostra que o trabalho de alerta está dando certo, as pessoas estão mais atentas. Não criamos nenhum destes casos, eles estavam lá, só não estavam sendo percebidos”, avaliou a coordenadora. Lucimar lamenta também que na maioria dos casos a doença já estava em estágio avançado, em situação de contágio. Ao todo foram 7.476 atendimentos nestas 24 cidades. Quando era confirmado um caso, o paciente já tomava a primeira dose do remédio e já saia com a medicação. O município se responsabiliza por fazer o acompanhamento mensal destes pacientes. O primeiro critério para a escolha dos municípios foi por ter um alto índice da doença. “Muito deles se integraram de forma voluntária.

Para participar, inclusive, precisa assinar um termo de adesão. O trabalho, na verdade, acontece através de uma parceria que envolve o próprio município, o Morhan e a Novartis”, disse.

A doença

A hanseníase é uma doença que afeta os nervos e a pele, principalmente do rosto, dos braços, mãos, pernas e pés. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas pode variar de 2 a 10 anos e pode causar deformidades logo e o tratamento começar imediatamente. O contágio acontece através das vias respiratórias (tosse e espirro). A hanseníase também não se pega através de abraços, aperto de mão e carinho, portanto não precisa separar as roupas, os pratos e copos. “O grande problema da hanseníase ainda é social. Está nas comunidades mais pobres mesmo, onde não existe uma higiene adequada, onde as pessoas não têm – uma imunidade boa. Infelizmente enquanto não combatermos eficientemente essa questão social não teremos uma ação verdadeiramente eficiente contra a hanseníase”, disse Lucimar.

Sinais e sintomas

Não é muito complicado identificar os sintomas da hanseníase: uma ou mais manchas que não doem nem coçam, caroços e inchaços, diminuição da força nas mãos, pés e rosto, dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços, mãos, pernas e pés, área na pelo com diminuição dos pelos e suor e perda da sensibilidade.

Fonte: Jornal O DIA - Caderno Dia a Dia - Pag. 7 - 23/11/2010
A Carreta da Saúde percorre o Piauí, desde maio deste ano, levando diagnóstico, tratamento e, acima de tudo, conscientização sobre a hanseníase. Atendeu 7.476 em 24 municípios e detectou 235 casos da doença. Estes dados foram apresentados na manhã da segunda-feira (22), durante o Seminário de Avaliação da Carreta da Saúde, na Escola Fazendária.

A Carreta é um projeto firmado com as parcerias do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Laboratório Novartis, Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e prefeituras municipais.

Os municípios participantes apresentaram dados e expuseram opiniões e suas dificuldades em relação às ações da Atenção Básica no que diz respeito à hanseníase. A Carreta da Saúde tem como objetivo auxiliar na erradicação da doença no país através da conscientização. Segundo Artur Custódio, coordenador nacional do Morhan, esse projeto não vem para substituir ações da saúde pública, mas informar e engajar as pessoas. “Nosso trabalho aqui é levar impacto, informação e conscientização, acima de tudo, principalmente aos profissionais de saúde da Atenção Básica, para que estejam atentos e ofereçam o melhor atendimento às pessoas que descobrem a doença,” explicou.

Como funciona o projeto

A Carreta da Saúde permanece até três dias em cada município, atendendo a todas as pessoas que os procuram. São cinco consultórios médicos e um laboratório que oferecem diagnóstico preciso sobre a doença. Se estiver com hanseníase, o paciente já sai com o tratamento garantido e as orientações necessárias. O atendimento é feito pelos profissionais de saúde do próprio município que recebe a Carreta. Ao final do dia é feita uma apresentação cultural, que também é uma estratégia de levar informação.

Resultados

Municípios como Teresina, Esperantina e São João do Piauí receberam a Carreta que percorre o Piauí desde maio deste ano e onde o Projeto identificou o maior número de casos no Estado. Os números são 59, 42 e 37 casos respectivamente, em três dias. “Esses casos não demonstram que mais pessoas estão sendo contaminadas com a hanseníase, e sim que mais casos estão sendo descobertos e encaminhados para o tratamento,” disse a coordenadora estadual do Morhan, Lucimar Batista. “A doença precisa ser detectada cedo para evitar prejuízos físicos, transmissão e preconceito, que é a maior barreira para a cura da hanseníase”, reforçou.

Por Samira Ramalho/Sesapi

domingo, 21 de novembro de 2010

I SEMINÁRIO DE AVALIAÇÃO DA CARRETA DA SAÚDE

Será realizado segunda-feira, dia 22 de novembro, o 1º Seminário de Avaliação da Carreta da Saúde no Piauí.

O Seminário tem por finalidade avaliar os pontos positivos e negativos das atividades desenvolvidas pela Carreta no diagnóstico da hanseníase nos 24 municípios percorridos durante os seis meses da permanência do caminhão no Piauí.



Camisa/Lembrança do Evento

Resultados e Galeria de Fotos - Carreta da Saúde em Barras - 16 a 18 de Novembro

Resultados dos trÊs dias de ação e atividades no município de Barras.

Pessoas atendidas: 205 pessoas
05 casos diagnosticados de Hanseníase multibacilar;
04 casos diagnosticados de Hanseníase paucibacilar;
Todos os casos foram diagnosticados em adultos.








quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Resultados e Galeria de Fotos - Carreta da Saúde em Batalha

Foram mais de 150 pessoas consultadas durante os três dias de ação.
Foram diagnósticados 02 (dois) casos de hansenías multibacilar, além de ter sido pedido 08 (oito) exames de baciloscopia e vacina de contatos.








sábado, 6 de novembro de 2010

Carreata da Hanseníase em Batalha - 08 a 10 de novembro de 2010

A Prefeitura Municipal de Batalha através da Secretaria Municipal de Saúde com o objetivo de Combate a Hanseniase estará disponibilizando aos Batalhenses a Carreta da Hanseníase de 8 a 10 de novembro proximo a praça da matriz de 8 ás 13hs para atendimento clinico de casos suspeitos de hanseníase e durante a noite haverá eventos culturais como a exibição de filmes. Durante esses dias serão realizadas atividades alusivas ao tema, com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância da identificação dos sinais e sintomas para o diagnóstico precoce da doença. As ações contarão com a participação dos profissionais de saúde das Equipes de PSF e o MOHAN ( uma ONG que visa o combate a Hanseniase).O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos ficando atrás apenas da Índia.

A HANSENÍASE é uma doença milenar que até hoje segue sendo um sério problema de saúde pública no Brasil, quando atinge os nervos, pode causar incapacidades físicas, gerando deformidades. A doença tem caráter endêmico em todos os estados do país, sendo que a região Nordeste apresenta alto grau de prevalência dos casos, proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium leprae que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos.

A sua transmissão acontece por meio de gotas eliminadas no ar pela tosse, fala e espirro, tendo o domicílio como importante espaço de transmissão da doença e tem como principais sintomas:Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade, Área de pele seca e com falta de suor,Área da pele com queda de pêlos, especialmente nas sobrancelhas,Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade ao calor, dor e tato, A pessoa se queima ou machuca sem perceber, Sensação de formigamento.

Portanto , se você se identifica com alguns desses sintomas ou convive com alguem que teve ou tem Hanseniase procure-nos para avaliação.

Se positivo, o paciente recebe a medicação gratuitamente e é orientado a fazer o acompanhamento no posto de saúde de seu bairro, a cura da doença pode ser obtida entre seis meses e um ano. E o que é melhor: quase sempre sem deixar seqüelas. Apesar disso, a falta de informação e o preconceito prejudicam o tratamento e a reintegração na sociedade dos pacientes de HANSENÍASE.Ao contrário da crença popular, o paciente em tratamento pode conviver com a família, no trabalho e na sociedade, sem qualquer restrição

HANSENIASE TEM CURA E O PRECONCEITO TAMBÉM.

Fontes:http://www.prefeituramunicipaldebatalha.blogspot.com/
http://folhadebatalha.com.br/portal/index.php?pg=noticia&id=3628

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Resultados e Fotos da Carreta da Sáude no Município de União

Projeto realizado em parceria com os municípios, SESAPI, MORHAN e NOVARTIS, para diagnósticos e tratamento da hanseníase, além de atividades culturais e sócio-educativas com o objetivo que colaborar eliminação e na cura da doença no estado.

Período: De 22 a 25 de outubro
Equipe: Abdom Silva, Lucimar Batista, Francilene Mesquita, Dennyr e Benevaldo.
Resultados: 161 pessoas atendidas durante os quatro dias de atividades;
07 (sete) adultos diagnosticados com hanseníase MB;
02 (duas) pessoas até 15 anos diagnosticados com hanseníase PB;
05 (cinco) adultos diagnosticados com hanseníase PB.